1. Filosofia Jurídica e Política
no Egipto Antigo. Maat ou Maet, o poder do faraó e a democratização da imortalidade
2. Código de Hamurabi; A Bíblia.
Sobretudo os Livros dos Reis
3. Pré-Socráticos e Sofistas.
A ambiguidade do legado político dos sofistas
4. O enigma “Sócrates”.
5. Clássicos da Hélade e Roma:
5.1. Platão – da utopia da República à adaptabilidade e à flexibilização dos seus escritos ulteriores.
A República como busca da Justiça na república justa.
5.2. Aristóteles
Aristóteles – as formas puras e corruptas de governo e o governo misto; a preparação do ius redigere in artem romano, o corte epistemológico separador (inter alia) do Direito e da Política.
5.3. Cícero
– a importância da Retórica para a liberdade; a reelaboração do Direito Natural e sua dimensão política.
5.4. Ulpianus
– a grande síntese sobre a Justiça
6. A Idade
Média – Síncrese e Renascimento
6.1. Santo
Agostinho – as duas cidades; o agostinismo político e sua importância durante os primeiros séculos da Idade Média; o
diálogo entre o Imperador e o Pirata, e o problema da Justiça nas sociedades políticas.
6.2. Boécio
e Cassiodoro – duas estratégias na luta pela preservação do legado da civilização contra a barbárie. Santo Isidoro de
Sevilha e as Liberdades Ibéricas. As Etimologias.
6.3. Santo
Tomás de Aquino – de novo a recuperação da separação entre o jurídico e o político; a concepção realista; a justificação
da propriedade social contra o colectivismo e o “individualismo possessivo”; as dúvidas e interpretações contraditórias
sobre o seu pensamento político e a paternidade de alguns escritos e a ociosidade do problema, face às obras comprovadamente
suas.
6.4. Guilherme de Ockham – papado e império, nominalismo, franciscanismo e direitos subjectivos.
7. O Problema
do Direito Objectivo, Subjectivo e Social – perspectiva transversal de uma temática filosófico-metodológica jurídico-política.
8.1. Renascimento,
Estado, Modernidade, Soberania…
8.2. Maquiavel
Sentido
de uma vida. As obras principais. Muitas ambiguidades sobre o seu legado. Democrata ou professor de ditadores?
8.3. Bodin
Notas biográficas.
Os Seis livros da República e a Soberania. Seu sentido histórico.
8.4. Erasmo
e Tomás Moro
8.4.1.Erasmo
A sátira
social e o humanismo.
A Utopia. Notar BEM: Diferente da utopia é aspiração utópica, utopismo ou “principis
esperança” (Bloch): trata-se de não aceitar como uma fatalidade o status quo,
de ousar e de sonhar.
Enquanto a utopia é normalmente
enclausurante, geométrica e racionalista, potenciando as prisões e as peias, o utopismo deseja-se libertador, imaginativo
e até, por isso, mais “realista”.
8.4.2.Tomás
Moro
Sentido
de uma vida. Os poderes do rei e os poderes do parlamento.
9.1. Teologia, Direito e Política: ensaio de uma teorização geral
Exemplos:
franciscanismo, S. Tomás de Aquino, Ockham, Lutero e Calvino. O papel revolucionário do baixo clero e a leitura inflamada
da Bíblia. Propriedade e Teologia. As utopias religiosas. Calvino e as Instituições da Religião Cristã: um jurista
teólogo. A república de Genebra como distopia realizada. S. Tomás de Aquino, a Segunda escolástica e o tiranicídio. A separação
dos poderes e o dogma da Santíssima Trindade.
9.2. A Reforma Católica, a segunda escolástica, hispânica, e a política.
Suárez,
Molina, Azpiculeta, e outros. O De Legibus. “Deus Legislador” depois de “Deus Juiz” e de “Deus
dos exércitos”...
Grotius
e Serafim de Freitas. A liberdade dos mares. Legado político-jurídico de Grotius.
Os direitos
dos índios e dos negros e o direito internacional.
10. A Revolução
Inglesa
10.1. A
Revolução Inglesa e as suas contradições. Cromwell.
10.2. Hobbes
Contexto
histórico, vida, obras. Contratualismo, autoritarismo, concepção antropológica, positivismo. Múltiplas interpretações.
10.3. Locke, John
Os Dois Tratados do Governo Civil. A filosofia é empirista.
A tolerância religiosa. O contratualismo. Concepção antropológica moderada. Propriedade e liberalismo. Separação dos poderes
e posteridade.
10.4. Montesquieu
Montesquieu e O Espírito das Leis. Personalidade
de Montesquieu, aspectos biográficos, métodos de trabalho, objectivos políticos. O grande equívoco sobre Montesquieu e de
como foi desfeito por Charles Eysenmann e divulgado por Louis Althusser. A separação dos poderes no capítulo sobre a Constituição
de Inglaterra n’ O Espírito das Leis.
10.5. Rousseau
Rousseau
e o Contrato Social. Rousseau como crítico de Montesquieu. A metáfora dos faquires sobre a separação de poderes. A
soberania. A vontade geral.
11. Autores Pós-Revolucionários:
11. 1. Kant
Notas biográficas. O momento fulcral de O que é o Iluminismo?
Racionalismo, Contratualismo, liberalismo sui generis. A Paz Perpétua. As concepções jurídicas de Kant
11.2. Hegel
Dialéctica, Estado, e Direito.
11.3. Tocqueville: Sociólogo e historiador francês.
O sentido de Da democracia na América. Liberalismo e profetismo dos tempos modernos.
11.4. Socialismos: o dito utópico e o dito científico. Proudhon,
A Filosofia da Miséria e Marx, Miséria da Filosofia. A oposição entre ambas
as correntes. Materialismo histórico e dialéctico. Posteridades marxistas.
11.5. Nietzsche, o Super-Homem e os seus aproveitamentos nazis. Freud e alguma posteridade política.
11.6. Autores e correntes da contemporaneidade.
Lição n.º 18 / 26 de Abril de 2005
Conclusão das matérias da aula anterior.
Aprofundamento, densificação, intertextualidade, transversalidade de alguns temas estudados. Exemplos:
1. Zoon politikon, Natureza humana (cf. animal e divina) e contratualismo político e etologia.
Homo homini lupus. Aristóteles, Hobbes, Konrad Lonrenz, Pascal.
2. Freund / Feind. Julien Freund, Carl Schmitt, Raymond Aron
3. Política, violência, sagrado, mitologia, crime primordial, etc. René Girard, Jean-Pierre Vernant,
George Dumézil...
Lição n.º 19 / 28 de Abril de 2005
Indicações metodológicas sobre o trabalho científico e sobre investigação jurídica em particular.
S. Tomás de Aquino - seu pensamento político (um breve estudo monográfico).
Lição
n.º 20 / 10 de Maio de 2005
Por motivos novamente
alheios à vontade do Professor, neste primeiro momento lectivo após a Queima das Fitas, volta a não poder ser
dada aula. Neste caso, pela imperiosidade de o docente se deslocar a uma outra universidade, fora do Porto, para
aí participar num júri de provas académicas, como arguente.
Lição
n.º 21 / 11 de Maio de 2005
Falta, devidamente justificada,
por motivo de doença.
De todo o modo, o docente
tentará marcar aula de compensação,
dependendo tal da disponibilidade
de horário dos estudantes.
Lição
n.º 22 / 17 de Maio de 2005
Nota Prévia.
Esclarecimento
Ao contrário de rumores
incompreensíveis postos a circular e que ao docente foram comunicados na aula de hoje, as aulas teóricas da cadeira continuam,
naturalmente. A simples consulta deste "sítio" revelaria, se necessário fosse, que a ausência do docente nas últimas aulas
foi excepcional. Aliás, o docente solicitou que, em tempo, aos alunos fosse, pelos serviços, comunicado o facto, e já os havia
alertado, no princípio do ano, para a possibilidade de ter de faltar por necessidade de participação em júris.
- Recapitulação, com aplicação prática, sobre a Representação e suas Modalidades
- Recomendações sobre metodologia do trabalho científico e resposta a perguntas em provas
- Algumas prevenções sobre trabalho científico a partir de traduções.
- Sugestão de dissertação sobre "Liberdade", a partir de um texto clássico.
Lição n.º 23 / 18 de Maio de 2005
- Recapitulação e aprofundamento, em exercícios práticos, sobre as Ideologias políticas.
- Recomendações sobre metodologia do trabalho científico e resposta a perguntas em provas
- Técnicas de dissertação e ensaio. Análise de uma dissertação exemplar ("canónica") sobre a Democracia.
AVISOS
Para a próxima aula, que
será de treino para as provas finais, aconselham-se os alunos a trazerem toda a bibliografia impressa que considerem útil.
No dia 25 do corrente
não haverá aula, devido à presença do docente em mais um júri académico, em Lisboa.
Lição
n.º 24 / 24 de Maio de 2005
Recomendações para o exame
final.
Exercício prático de aplicação
da matéria preleccionada.
AVISO:
O Regente da Cadeira dará
duas aulas extraordinárias, de preparação directa para o exame, no próximo dia 7 de Junho, das 10 h às
13h 30mn, no anfiteatro 128
Lições
n.ºs 25 e 26 (com duração alargada) - aulas extraordinárias
Recomendações gerais sobre
exames
Revisão da matéria preleccionada,
através de exercícios
de preparação para os
Exames.
Encerramento da disciplina.